terça-feira, 29 de março de 2011



WANDERLUST_ DAVID SYLVIAN


Cada vez mais se torna um exercício de surrealidade abrir um jornal e perceber em que mundo estamos. A realidade ultrapassa de facto largamente a ficção. Andamos desorientados, e não há mais tapetes que pisemos, que não nos sejam tirados repentinamente.No meio disto tudo, a somar a todas as nossas desavenças pessoais, onde vai parar a nossa felicidade?




Ser feliz custa. É mais fácil dizermos-nos infelizes. Aceitar aquilo que não é como queremos e viver com essa insatisfação. Permanentemente viver com isso sem o mínimo de reinvenção. Tenho aprendido a observar o que não quero ser.
E ser feliz não tem nada a ver com ingenuidade. Aprender a felicidade tem a ver com sabedoria.


Ser feliz implica a pacificação da alma, seja lá o que isso signifique para cada um de nós; olho aquela árvore imóvel perto dos nomes que estão nestas campas ao meu lado; sei lá bem quem foram eles… Só me relembram a finitude dos dias. Que é tanto.
Interessa saber me aqui e agora. A inspirar este ar até doer. Inteira. Com a pacificação de saber que fiz coisas boas e más, e que hoje me sinto em paz.

É ouvir esta música e deixá-la ecoar até bem fundo.
É muito bom estar com pessoas felizes. E não falo de sorrisos forçados. Cada vez gosto menos deles. Falo de felicidade de dentro para fora. Amena. É bom senti-la. Ter cor na alma.

Ser feliz dá trabalho. Infinitamente mais trabalho do que estar sempre infeliz.


Louvo a minha mãe, para mim exemplo máximo de quem aprendeu a ser feliz.